quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Kiwis durante duas semanas

Kia Ora!

Nova Zelândia! Aotearoa! A terra da longa nuvem branca! A viagem a esta terra dos antípodas entrou nos nossos planos logo no momento em que nos mudámos para Timor-Leste. E aqui podemos mesmo falar de antípodas no sentido matemático e não apenas no sentido figurado: apenas 4% da superfície da Terra tem pontos antipodais ambos em terra emersa e nessa percentagem inclui-se uma parte do território português com antípodas na ilha do sul da Nova Zelândia.

O que é que nos atraiu a este país? Provavelmente, a beleza e a diversidade das paisagens vistas em fotografia. Talvez, também, o Senhor dos Anéis. E, a estes fatores, juntou-se o elemento 'aventura' quando descobrimos a Flying Kiwi, uma companhia que organiza camping tours em grupo. Imaginámo-nos então a percorrer esse maravilhoso país de sul a norte, de mochila às costas, a acampar em lugares espetaculares e em conjunto com pessoal de vários cantos do mundo. E foi mesmo assim que aconteceu!

Mas não nos antecipemos: ainda antes de iniciarmos esse tour, e ainda antes de aterrarmos sequer na Nova Zelândia, ela apresentou-se a nós de forma majestosa. A rota de avião de Melbourne para Queenstown levou-nos a sobrevoar os Alpes do Sul, com picos cobertos de neve a despeito do verão, e intercalados por lagos azuis reluzentes. A aeroporto de Queenstown é considerado como um dos que oferece paisagens mais espetaculares durante a aterragem. Nós tínhamos altas expectativas relativamente à vila de Queenstown, mas não sabíamos que a aterragem também seria espetacular e, por isso, ela apanhou-nos desprevenidos! Felizmente! Não é bom quando a beleza nos apanha desprevenidos?

Queenstown é, provavelmente, a vila mais bonita que já visitámos. Os neo-zelandeses queixam-se que se tornou demasiado turística e demasiado cara e talvez tenham razão. Mas só lá estivemos dia e meio, pelo que, absorvidos pela beleza das montanhas e do lago Wakatipu, não houve tempo para encontrar defeitos. Ademais, a data da nossa chegada a Queenstown coincidiu com a celebração do 5º aniversário de casamento, ficando assim a coisa ainda mais romântica!





O tour foi organizado pela Flying Kiwi, uma companhia que procura levar o pessoal aos trilhos e locais menos turísticos. Fomos percorrendo as duas grandes ilhas que formam a Nova Zelândia, de sul para norte, e sempre pela costa oeste (ficou por conhecer o lado oriental das ilhas). Em cada dia tínhamos um 'plano de ataque' com horário estipulado e atividades opcionais, sobretudo desportivas e algumas delas demasiado radicais (o Bungee Jumping nasceu no Vanuatu, mas foi universalizado pela Nova Zelândia). Algumas das atividades eram dispendiosas, mas sempre opcionais. E muitas atividades eram gratuitas: caminhadas até pontos de interesse inacessíveis de autocarro ou por entre as ricas florestas tropicais que não esperávamos encontrar por estas bandas. Foi um tour espetacular e nem um ou outro dia de chuva nos chateou (até porque o arco-íris vinha logo recompensar!)







Uma fotografia que ainda há de dar em poster, tirada no Lago Hawea, um dos muitos lagos que dão pinceladas de azul na magnífica obra de arte que é a ilha do sul.


As Blue Pools são ribeiras de azul cristalino formadas a partir do gelo derretido e acessíveis a partir da estrada que percorre o Haast Pass em direção à costa ocidental. Aqui dei o meu mergulho mais a sul de sempre - e também o mais gelado de sempre! Muitos locais bonitos no meio da natureza neozelandesa apenas são acessíveis por meio de pontes como estas... com restrições no número de pessoas que pode atravessar a ponte a cada momento para aquilo não virar!



A paisagem montanhosa é também marcada por inúmeras cascatas que resultam igualmente do degelo.


Para quem é fã d'O Senhor dos Anéis e d'O Hobbit, a Nova Zelândia tem o condão extra de nos lembrar os filmes e as paisagens descritas pelo Tolkien. Inicialmente até tínhamos planeado visitar Hobbiton, mas o preço desencorajou-nos e demo-nos por satisfeitos com as paisagens que vimos ao longo do tour. Nesta fotografia conseguimos captar os Ents e houve até uma ocasião em que descemos a uma gruta para vermos pirilampos e tive toda a impressão de ter avistado o Gollum por ali, a chapinhar nas poças de água e a dizer a si próprio "My precious! We wants it, we needs it!". No autocarro há uma caixa de livros para empréstimo e, claro, tinham disponível O Senhor dos Anéis, pelo que aproveitei as viagens para me encantar mais uma vez com a coragem do Aragorn, a sabedoria do Legolas, a amizade do Sam...


Para tornar a coisa mais majestosa, um bocadinho de neve no topo das montanhas fotografadas ao longo do percurso!


Fomos em grupo ver o chamado terminal do Glaciar Fox, após uma caminhada de vários quilómetros com uma ponta final íngreme ao longo da massa de água gelada que corre do glaciar!






No lindíssimo lago Matheson as vistas davam para o monte Cook e o monte Tasman, os dois pontos de maior altitude na Nova Zelândia. As nuvens não permitiram avistar os cumes, mas as montanhas eram, ainda assim, imponentes.



Com a fotografia que se segue e outras que por aqui andam, a Débora ganhou um concurso de fotografia e foi premiada com um colar de pedra jade que é encontrada na Nova Zelândia e muito valorizada pelo povo Maori que a designa de pounami. (Aqui entre nós confessamos que a Débora foi a única participante no concurso, em parte porque os potenciais concorrentes tiveram dificuldade em aceder à internet para publicar as suas fotografias online...)


Noite de fogueira, sandes de marshmallow em bolachas de chocolate (ou smores) e um cheirinho de música portuguesa!


No Parque Nacional Abel Tasman fizemos algumas caminhadas. Numa delas fomos seguidos por um elegante fantail, um pássaro pequenino e elegante com uma cauda maior que ele. Sentimo-nos especiais, por tamanha atenção que nos dispensou o bicharoco, mas mais tarde explicaram-nos que estes pássaros são muito espertos, e seguem as pessoas à espera de encontrar insectos que os nossos pés vão espantando ao caminhar.
Ainda houve tempo para um excelente dia de kayak com direito a ver focas grandes e focas bebés na ilha Adele.





Um mergulho com nota artística no rio Pelorus, local de filmagem de uma cena do Hobbit, quando o Mr. Baggins e os anões escapam rio abaixo metidos nos barris.


A passagem da ilha sul para a ilha norte faz-se de ferry a partir da pitoresca vila de Picton que foi a nossa localidade preferida a seguir a Queenstown. (Nelson é um bocadinho maior e pareceu-nos uma cidade engraçada mas apenas lá estivemos durante duas horas.) A viagem de ferry para Wellington é espetacular e, realizada ao final do dia, presenteou-nos ainda com as cores do pôr-do-sol.



Ainda sobre a travessia da ilha sul para a ilha norte, contávamos ver o pôr do sol à nossa esquerda, mas muito nos espantou que durante a maior parte do percurso o sol estivesse ou nas nossas costas ou à nossa direita. Lá investigámos o assunto e concluímos que Wellington fica, na realidade, a leste de Picton e que a rota da ilha sul para a ilha norte se faz em grande parte para sudeste. Que complicação! Mas, como bem referiu um companheiro de viagem, esta é uma boa metáfora para a vida: muitas vezes temos de seguir rumos não lineares para conseguirmos chegar a um determinado sítio!


A passagem por Wellington foi demasiado rápida, mas, graças à amabilidade de uma família amiga conhecida em Timor e que ali reside, tivemos direito a um passeio de carro e a uma subida de teleférico para ver um pouco da capital. Ficou para outra ocasião a visita ao museu nacional Te Papa Tongarewa do qual se dizem maravilhas... O nosso tour era mais rural do que urbano e a passagem pelas cidades serviu mais para comprar mantimentos do que para visitas turísticas.


O percurso na ilha do Norte foi feito muito de praia em praia. Há praias para todos os gostos! Perto de New Plymouth a areia é preta e vulcânica e o monte Taranaki - um vulcão ativo - é visível na praia onde acampámos, nadámos e desfrutámos de um pôr do sol excelente que não foi captado pelas câmaras (mas que, ainda assim, aconteceu mesmo!)  Já em Uretiti (onde nadámos dois dias depois) a praia é como aquelas ditas paradisíacas: areia branca, mar de azul turquesa!



Pelo meio passámos uma noite em Auckland. Tal como tinha acontecido na Austrália, foi a natureza e as vilas e aldeias pitorescas que nos cativaram e não as cidades. Auckland não nos pareceu muito interessante, pelo que nem fotografias há. Até o nosso guia disse que quando está na grande cidade só anseia pelo momento de escapar de lá. No final do tour voltámos a ficar em Auckland um par de noites, mas esse foi sobretudo um tempo para recuperar forças e a melhor coisa que vimos nessa estadia foi o Darkest Hour que, se tudo correr bem, dará o merecido Oscar a Gary Oldman.

De Auckland seguimos para a Baía das Ilhas e ali tínhamos diversas atividades à escolha. Para além de ter repetido o kayak - desta vez em versão noturna - optámos também por uma atividade mais cultural no Waitangi Treaty Grounds and Museum. Trata-se do local histórico onde, em 1840, foi assinado um tratado entre a coroa britânica e representantes da grande maioria das populações Maori da ilha norte. O acordo previa que o estabelecimento de um Governador Britânico na Nova Zelândia e, simultaneamente, salvaguardava os direitos maori sobre as terras, florestas e lugares que habitavam ou que consideravam sagrados. Aliás, um dos chefes Maori explicou o tratado nos seguintes termos: "apenas a sombra da terra vai para a Rainha; a substância permanece nossa".

Num período em que o território despertava também a cobiça dos franceses, o tratado era do interesse do povo maori, sobretudo por refletir também os direitos dos nativos. Contudo, já se sabe que não há histórias de colonização com final cor de rosa e o próprio tratado é hoje um assunto que desperta enorme debate público e versões contraditórias. A começar pela própria redação e tradução: foi assinado em inglês e em maori, mas dizem os entendidos que a tradução para inglês tem nuances que prejudicaram o lado maori. De qualquer forma, tendo anteriormente visitado a Austrália e conhecendo também um pouco da nossa própria história colonial, parece-nos que a colonização da Aotearoa foi menos traumática para os nativos e estes hoje têm um nível de integração na sociedade que contrasta imenso com a situação dos aborígenes na Austrália.

A visita a Waitangi incluiu um jantar tradicional cozinhado num buraco na terra com pedras vulcânicas aquecidas, um espetacular concerto maori (mistura de música cantada a vozes, com percussão e dança), uma visita guiada ao local em que foi assinado o tratado e uma visita por conta própria ao museu que conta a história da assinatura do tratado e das avenças e desavenças entre a Coroa e os colonizados.





Tivemos ainda tempo para apanhar um ferry e dar um salto à vila de Russel, a primeira capital da Nova Zelândia, onde encontrámos a primeira igreja construída em solo neozelandês!


O último dia de tour foi marcado por uma divertida atividade de sandboarding (ainda aguardo fotografias da mesma!) e por passeios na floresta Waipoua para ver de perto as magníficas árvores Kauri. Pode não parecer - até porque não fomos espertos o suficiente para colocar ali um objeto ou pessoa a dar ideia da proporção - mas esta árvore é gigante! É apelidada de Pai da Floresta e crê-se que é a árvore com maior diâmetro da Nova Zelândia.


Impregnado no espírito neozelandês está o cuidado com a natureza. Reciclagem, opções vegetarianas (nham, nham, nham!), lavar os sapatos antes de entrar numa floresta protegida, muitos locais apenas acessíveis a pé, cotas de pesca pensadas para proteger as espécies, zonas onde não se pode mesmo ir porque são reservadas a alguma espécie, como pássaros (que são, à semelhança da Austrália, espetaculares! O pukeko, o kiwi, o weka, o tui, pinguins, o albatroz...)... Pareceu-nos que o sector do turismo - fundamental na economia do país - tem crescido com a consciência de que tem de ser o mais sustentável possível.  Talvez esta noção de sustentabilidade tenha sido herdada dos maori.
Durante os dias em que estivemos no tour fomos aprendendo algumas palavras em maori. Aquela que não esquecemos foi "Kaitiakitanga".

Kaitiakitanga:


Vamos praticar Kaitiakitanga?

Foi absolutamente refrescante andar no meio da natureza! Não eram jardins, eram florestas. Não eram zoológicos, eram habitats. Não era turismo, era descoberta.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Aussies durante duas semanas

Viver 3 anos e 3 meses em Timor-Leste sem colocar os pés na vizinha Austrália seria o desperdício de uma grande oportunidade, certo? É que, à excepção do acesso à Indonésia por terra para visitar Timor Ocidental, a Austrália é, geograficamente, o país mais acessível a partir de Díli: a Airnorth disponibiliza voos diários para Darwin que está apenas a uma hora e meia de avião. Contudo, é mais caro viajar para Darwin do que para Bali - este sim, o destino preferido da comunidade estrangeira residente em Díli. E a verdade é que a Austrália não despertava em nós o mesmo interesse de outros destinos (a vizinha Nova Zelândia, por exemplo). Por todas estas razões, e também porque da Austrália se relatam demasiados encontros imediatos com todo o tipo de bichos assustadores, corríamos o risco de ter desperdiçado esta oportunidade. Se tal tivesse acontecido, teríamos cometido uma grande injustiça para com a Austrália. Porém, muito graças às amizades luso-australianas nascidas em Timor, aquilo que antes era uma mera oportunidade ganhou contornos de visita obrigatória.

O primeiro dia na Austrália foi passado em Darwin. Spoiler: não é uma boa amostra do país. Acabadinhos de sair de Timor-Leste, percorrer Darwin foi como chegar de repente a outro planeta. De entre as coisas que nos causaram estranheza, destacamos, claro, o problema social da (não) integração dos aborígenes. Não nos alongaremos a discorrer sobre um assunto que é demasiado complexo e que muito escapa à nossa compreensão. Direi apenas que muito nos chocou testemunhar ali a existência de dois mundos que, estando presentes no mesmo espaço, não interagem e parecem ignorar-se mutuamente. Os aborígenes de Darwin vivem num limbo: não estão integrados nem no meio urbano e ocidentalizado que a cidade oferece nem nas comunidades aborígenes tradicionais.

No demais, Darwin é uma cidade estranha: ainda sob clima tropical, não se vê muita gente na rua durante o dia, pelo que às tantas, ao caminhar pela cidade, contabilizávamos mais stands de veículos ligeiros e pesados do que pessoas. A agitação só chega ao final da tarde, quando os bares e os restaurantes da baixa atraem os trabalhadores saídos do expediente. A zona marginal é bonita e ali tivemos o primeiro encontro com uma fenómeno que merece grande realce: para além dos simpáticos cangurus e koalas, são as aranhas, as cobras, os tubarões e os crocodilos que povoam a nossa ideia da Austrália, mas os pássaros... ninguém fala dos pássaros! E são tantos e tão variados aqueles que pudemos ver de perto nas reservas ou mesmo nos parques públicos e nos quintais dos amigos que nos receberam nas suas casas!


Ainda em Darwin, visitámos o Museum and Art Gallery of Northern Territory que nos deu a conhecer a arte aborígene e um crocodilo de cinco metros de comprimento cujo nome, Sweetheart, ilustra bem o humor australiano.




No aeroporto, um dos agentes da alfândega fizera questão de nos conceder uma primeira amostra desse humor quando nos disse, num tom de espanto, que não estava à espera de nos encontrar ali naquele dia... E registámos ainda outras bizarrias que cremos serem exemplo desse humor particular, como um restaurante chamado Frying Nemo ou a comercialização de escroto de canguru como souvenir...

Em Sydney estivemos apenas algumas horas. Ficámos com a impressão de que é uma cidade agradável e a zona da marina, ladeada pela antiga ponte e pela Opera House, é de facto muito bonita. Mas podemos desde já assumir que não foi pelas cidades que nos rendemos à Austrália. Tanto Sydney como Melbourne são cidades simpáticas, com uma vibe muito moderna e uma diversidade cultural que as enriquece, mas não podem ser comparadas às grandes cidades europeias no que diz respeito à grandiosidade e quantidade das atrações turísticas. Os próprios australianos reconhecem que o seu património histórico é muito recente se o compararmos com o património que a Europa herdou de eras antiquíssimas.




Em Melbourne passámos mais tempo do que em Sydney e pudemos visitar museus, parques, bibliotecas e jardins. Para além disso, a Débora aceitou o desafio de um amigo para participar num divertido jogo de Swordcraft. Recebeu a formação para principiantes e, depois, por ali andou de espada em punho, num recinto de futebol australiano, a lutar contra cruzados, vikings e samurais...







Mas foram os subúrbios e as pequenas vilas que nos encantaram na Austrália: em New South Wales ficámos em Lorn, uma bonita localidade perto de Maitland, esta uma vila um bocadinho maior. Na Austrália parece que tudo é construído na horizontal: há abundância de espaço, pelo que as ruas são largas, as casas são espaçosas e toda a gente tem o seu quintal. Lorn é uma localidade feita de bonitas vivendas, antigas, mas sempre renovadas de modo a manterem o aspeto original singelo e muito british. 



Em Newcastle nadámos na Bar Beach: belíssima praia com direito a aviso dada a possibilidade de presença de tubarões nas águas do Mar da Tasmânia. E fomos a uma reserva natural para ver de perto animais muito giros!








Já no estado de Victoria, nas redondezas de Melbourne, ficámos hospedados com amigos em Pakenham, um subúrbio também tranquilo e agradável. E naquela região também tivemos encontros com pássaros muito giros!



Fomos também a Ballarat, uma cidade histórica a norte de Melbourne, famosa por ser a metrópole da região para a qual migraram milhares de britânicos nos anos 1850s durante a corrida ao ouro. Hoje em dia é uma cidade bonita, de tamanho médio, com um jardim botânico muito giro para passeios e piqueniques!


Uma das principais atrações turísticas do estado de Victoria é Sovereign Hill, um parque temático localizado nos arredores de Ballarat onde é recriada a típica aldeia mineira do século XIX. A visita é cara, mas vale o preço do bilhete pela quantidade e qualidade das exibições interativas e informativas que ali são disponibilizadas: produção de doces artesanais (que eram só para consumo dos adultos porque, naquele tempo, o açúcar era um bem muito caro); dramatização de um leilão de uma mulher por parte do seu marido (porque não havia divórcio e esta era a forma encontrada para oficializar uma separação); simulação de uma aula na escola primária; demonstração de como o ouro era derretido e, depois, transformado em barras de ouro; visita a uma espécie de mina; ... etc. De todas as atrações turísticas que visitámos na Austrália, esta foi aquela de que mais gostámos!









No último dia da nossa experiência como Aussies, fomos fazer praia e passear na Phillip Island, famosa, entre outras coisas, por ser palco diário de uma parada de pinguins! O custo dos bilhetes e o relógio (com um avião para apanhar nessa noite) dissuadiram-nos no que respeita a assistir a essa parada. Mas, num passeio até The Nobbies, na ponta oeste da ilha, ainda tivemos a boa fortuna de ver um pinguim meio escondido. E, já quando estávamos de abalada, vimos alguns wallabies por entre a vegetação perto da estrada. Este aqui, muito gentil, pareceu pousar para a fotografia como quem nos diz adeus, obrigado pela visita, e serão sempre bem-vindos à minha terra!