Bali é uma ilha completamente dedicada ao turismo. A praia e o clima convidam a um turismo de chinelo no dedo, toalha ao ombro e muita descontração. Mas não se pense que os dias em Bali são obrigatoriamente passados no areal! Os nativos souberam aproveitar muito bem todas as potencialidades da ilha para captar turistas: há safaris para ver tigres, tours para ver golfinhos, passeios para ver macacos, filas de espera para ver danças tradicionais, etc. Por um lado, a oferta e a procura são tão intensas que chega a parecer exagerado. Por vezes parece tornar-se uma ilha já descaracterizada, uma ilha que vendeu a alma ao turismo de multidões. No entanto, temos de considerar que a população local está apenas em busca da sua subsistência e fá-lo, regra geral, com inteligência e simpatia.
Num certo sentido, o turismo excessivo, ao invés de ser aquilo que nos impede de aceder à cultura crua de Bali, constitui já a própria cultura de Bali. Talvez possamos dizer que Bali representa muito do que Timor-Leste poderá vir a ser no futuro em termos de turismo. Poderá nunca atingir as estatísticas de Bali (e talvez isso nem seja desejável), mas aprender a usar aspetos da cultura local para cativar turistas e gerar receitas. Assim seja!
Serve todo este preâmbulo para explicar que, apesar de inicialmente termos estranhado Bali, num balanço final acabámos por gostar. Compreendemos porque é que tantas pessoas têm um gostinho especial pela ilha. Em Bali é relativamente barato requisitar um carro com condutor para visitar os pontos de interesse. Então lá fomos nós à descoberta de Bali, enfrentando o seu trânsito intenso e confuso, conduzidos pelo sr. Imade.
Aqui fica a reportagem fotográfica destes dias:
O nosso hotel com arquitetura tradicional e os inevitáveis elementos hindús
Orquestra que acompanha a dança tradicional Barong: uma dança em que é recriada uma história da mitologia balinesa.
Os servos da floresta tiram a própria vida perante a observação do
Barong, o monstro com aspeto de leão que dá nome à dança.
Visita a um templo hindú. Tivemos de nos ensaiar
(ato de vestir uma saia).
A Débora tentou arrancar umas melodias do xilofone balinês.
O Monte Batur (vulcão ainda ativo) e o lago Batur, vistos da varanda do restaurante em Kintamani onde o sr. Imade nos levou a almoçar.
Café de Bali
Cacau que dá chocolate branco.
Ora bem, consta que este café é o mais caro do mundo porque o processo pelo qual passa lhe confere um sabor de extrema distinção. O processo é bizarro: há um animalzinho chamado luwak (google it) que come os grãos de café, arranca e digere a casca e defeca os grãos fermentados pelas enzimas que o seu aparelho digestivo produz. São esses grãos já defecados que podem ver na imagem...
Prova de chás e café.
Os terraços de arroz: plantação de arroz em
socalcos
Pôr do Sol em Uluwatu. Neste cenário
assistimos a mais uma dança tradicional, o Ketac.
O Ketac é também conhecido por
txaka-txaka devido ao som ritmado que os dançarinos fazem repetidamente ao
longo de toda a dança.
O Ketac acaba com uma tentativa mal sucedida de lançar o monstro na fogueira.
Jantar romântico em Jimbaran. Especialidade: peixe grelhado (com tempero picante, claro!)
Que biulência, man!!
Para primeira vez não está mal, hein? Aquele miúdo nativo, nascido em cima de uma prancha de surf, é que deu as dicas.
E assim, com mais um belo pôr de sol e um cocktail
refrescante, colocámos um ponto final numas férias fantásticas!